Sementes Queimadas e Sementes que Nascem de Novo
Janine Milward
Um dos mais sublimes momentos da vida
do Caminhante é quando ele/ela e sua Alma entram em acordo acerca de sua Missão
de Vida a ser cumprida. A partir desse momento, céus e terra se unem para fazer
essa Missão acontecer. Ao Caminhante resta apenas viver e trabalhar, e ser ele
mesmo todo o tempo a sua própria essência, para não se afastar jamais do desejo
de sua Alma. Agindo assim, o Caminhante certamente alcançará sua Iluminação e
estará pronto para, dentro do Caminho da Bem-Aventurança, se fusionar com a
Consciência Suprema e tornar-se um Homem Sagrado, alcançando sua Liberação -
consciência iluminada e infinita e vida infinita.
O Homem Sagrado é aquele que é
considerado "Semente Queimada" (aquele que não mais possui Karmas nem Samskaras), ou seja, uma semente que não mais encarna no mundo dos homens
submetidos à re-encarnação. Aqueles que ainda não expandiram sua mente em
consciência iluminada são homens "Sementes que Nascem de Novo"
(porque ainda possuem Karmas e Samskaras).
Certamente que temos que compreender,
no caso da Semente Queimada, que, a este nível de consciência, o Homem Sagrado
pode decidir-se por si mesmo se deseja ainda continuar encarnando neste Planeta
para tornar-se um Bodhisattva (um Ser
de Compaixão que faz seu voto de não deixar a re-encarnação neste nível até que
a última alma seja salva)... ou se deseja tornar-se um mentor invisível do
Planeta, do Sistema Solar, da Galáxia... ou se deseja tornar-se a Luz e a
Não-Luz contidas numa semente que nasce de novo, dando berço a uma nova
estrela, a um novo sistema solar, a uma nova galáxia, a um novo universo...
A "Semente Queimada" é como
se fosse o universo, ou uma estrela, ou uma galáxia, que chega ao seu final,
como uma semente amorfa e plena de escuridão... que no entanto, apenas guarda o
espaço e tempo trazidos pelo Tao para explodir e formar um novo universo. A
"Semente que nasce de novo" continua a fazer parte da Luz e da
Não-Luz do universo... até que se torne "Semente Queimada".
Enquanto Sementes que Nascem de Novo,
pensamos e praticamos nosso Dharma e
nosso Livre-Arbítrio ainda distantes da Presença de Deus – ainda dentro da
consciência apenas da coletividade da
Criação - Jiiva. Somente alcançaremos o patamar de nos
tornarmos Sementes Queimadas quando verdadeiramente nos fusionamos a Deus, em
nosso verdadeiro Livre-Arbítrio para verdadeiramente vivenciarmos nosso Dharma, nossa real e natural e essencial
forma de ser – dentro da consciência plena e iluminada da Unidade da Criação - Shiiva.
Finalmente, não podemos nos esquecer
jamais que estamos encarnados nesse Planeta Terra, Estação de Trabalho e de
Iluminação, para ampliarmos infinitamente e iluminadamente nosso mente – ao
longo de milhares e milhares de vivências sucessivas dentro da Natureza como um
todo... Ao nos tornarmos seres pensantes
– a humanidade -, nosso dever maior repousa em nosso auto-conhecimento a fim de
bem determinarmos nosso Trabalho e nos colocarmos em nosso Caminho da
Iluminação – e posteriormente, se tudo der certo, e dará.... – em nosso Caminho
da Liberação ou Imortalidade.
Portanto...
Em primeiro lugar, sempre devemos
pensar que poderemos exercer nossas missões de Encarnação e nos colocarmos em
nosso Caminho de Iluminação..., se assim quisermos e abrirmos nossa consciência
para o cumprimento dessa nossa intenção – nosso verdadeiro porquê de nossa vida
aqui no Planeta Terra, nossa Mãe-Gaia.
Em segundo lugar, é sempre bom que
tenhamos não somente essa meta de vida em nossa mente como também possamos
repousar sobre a inspiração de Deus e nos aliarmos ao pensamento do Espírito e
da religiosidade e da arte e praticarmos a oração e a meditação e a
interiorização em nosso coração, pelo menos uma vez por dia, na hora que
escolhermos e nos sentirmos melhor para tanto.
Em terceiro lugar, é preciso que
mantenhamos nosso corpo físico sempre saudável, nossa mente sempre com bons
pensamento, nossa consciência sempre aberta aos novos conhecimentos,
fundamentalmente, ao nosso auto-conhecimento e nossa interiorização plena. Nosso corpo físico é nosso templo construído
na Terra, recebendo nosso Espírito e nossa Alma e nossa Mente. Não se esqueça jamais: entre as vidas e as
não-vidas – tempos de materialização e de não materialização -, apenas contamos
com nosso Espírito advindo de Deus, com nossa Alma advinda desde a criação da
vida nesse universo e com nossa mente, sempre buscando sua expansão, sua
infinitude e sua iluminação. A plenitude
e a infinitude de nossa mente e de nossa vida podem ser alcançados apenas
dentro da encarnação.
Finalmente, é importante que nos
dediquemos à nossa vida de afazeres do dia-a-dia, sim, em todos seus sentidos
de plenitude. Porém, mais importante
ainda é que não percamos jamais, jamais, a consciência de que tudo isso em
nossa vida hoje é apenas um momento de transitoriedade, um pequeno grão de
areia dentro da imensidão de vidas que já vivenciamos no passado e que ainda
vivenciaremos no futuro, sem dúvida alguma.
Sendo assim, nosso momento de aqui-e-agora é para ser vivido
intensamente, é certo, porém não apenas com a visão da efemeridade e da
transitoriedade do mesmo... e sim com a visão da eternidade da vida!
Last but not least, acredite, mesmo que existam tantas outras vidas a
serem vivenciadas por você em seu futuro na Criação, é bom que você possa,
nessa sua vida de aqui-e-agora, nessa sua encarnação de hoje, cumprir suas missões
e se colocar em seu Caminho da Iluminação.
Não deixe para outra vida, faça agora!
Não se esqueça: sempre em nossa vida, colhemos aquilo que plantamos,
seja de vidas passadas para essa vida ou seja dessa vida para ainda nessa mesma
vida, seja dessa vida para vidas futuras.
E fundamentalmente, em nossa não-vida materializada, na vida após a
morte, entre uma encarnação e outra, estaremos vivenciando tudo aquilo que
plantamos nessa vida, sem dúvida alguma, e estaremos vivenciando o lugar para
onde o desenvolvimento de nossa mente nos levou e estaremos convivendo com os
seres da não-vida que estarão possuindo o mesmo nível mental que nós!
Dessa forma, é bom que nos acostumemos a irmos sempre desenvolvendo,
ampliando, mais e mais, nossa mente e nossa consciência, até torná-la a mais
pura e transparente e iluminada possível.
Certamente, também nos planos de não-vida materializada, poderemos
vivenciar tal expansão de mente de forma inteiramente conscientizada e crescermos
mais ainda. Pense nisso.
COM UM ABRAÇO ESTRELADO,
Janine Milward
SEU LIVRO DE VIDA
© 2008
http://seulivrodevida.blogspot.com.br/
Janine Milward
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