Júpiter e Saturno
Janine Milward
Vimos - dentro
dos conceitos da Astrologia da Alma e do Auto-Conhecimento -, acerca nosso
Sublime Yang e nosso Sublime Yin, questões fundamentais dentro do Mundo da
Manifestação através a Mandala do Tai Chi que expressa a Luz e a Não-Luz e que
podemos representar através nosso Sol e nossa Lua, em relação a nós,
terráqueos, habitantes do Planeta Terra, Estação de materialização plena que
permite nosso Trabalho e nossa Iluminação.
Vimos também
que dentro dessa Família formada por nosso Sol - nosso Sistema Solar -, habitamos
a Terra, nossa Mãe-Gaia, porém convivemos muito intimamente com nossos Irmãos
Planetas e/ou Planetóides e Asteróides.
Dentro dessa convivência mais cósmica e universalizada, vimos que
existem os Planetas chamados de Pessoais - porque alquimizam para si mesmos os
arquétipos mais pessoalizados a serem exercidos através nossas formas mais
materializadas de acionarmos as energias masculina e feminina - Marte e Vênus -
bem como nosso uso de mente e seu acionamento para nosso uso de nossas mãos e o
tecimento de nossas vidas - Mercúrio e Vulcano.
Estaremos agora
conversando acerca nossa convivência com os chamados Planetas Sociais, Júpiter
e Saturno - que alquimizam para si mesmos os arquétipos que fazem a fusão entre
nossos primordiais Sublimes Yang e Yin - Sol e Lua - e também entre nossos
Planetas Pessoais - Vulcano, Mercúrio, Vênus e Marte - com nossa vivência sendo
atuada a partir de nós mesmos, singularizados, em relação ao nosso Outro, nos
trazendo nossa pluralidade e nossa coletividade e nossa socialização e nos
preparam, de forma mais completa, digamos assim, para nossa atuação já em
relação aos Planetas chamados de Transpessoais ou Universais, Urano, Netuno e
Plutão (levando ainda em consideração o fato de Quíron estará atuando enquanto
Ponte entre os Sublime Yang e Yin, os Planetas Pessoais e Sociais com os
Planetas Transpessoais.
Júpiter estará
trazendo para si a imagem do Sublime Yang mais humanizado, digamos assim,
tomando seu lugar no trono ao alto do Olimpo, regendo todos os deuses e todos
os homens, porém já dentro do Mundo da Manifestação.
E por que
estaríamos dizendo isso? Porque, dentro
do ponto de vista físico e astronômico, Júpiter é considerado quase um
Sol! Ou seja, é como se fosse um quase
segundo sol dentro do nosso sistema solar, devido à sua imensa massa quase à
beira de poder produzir muita e muita energia, assim como vemos acontecendo com
nosso Sol. E também existe uma outra
razão: essa mesma imensa massa jupiteriana faz acontecer o fato de que os raios
solares não transpassam suas fronteiras e por isso mesmo, nossa Terra, nossa
Mãe-Gaia, pode realizar a vida dentro da natureza, assim como a
conhecemos. Sem essa imensa massa do
corpo jupiteriano, os raios solares não seriam detidos e a Terra seria um monte
de gelo, sem vida.
Sabemos que a
Mitologia não é simplesmente criada do nada - a partir do inconsciente pessoal
que se agrega ao inconsciente coletivo dos homens. Não. Esse nada não existe: é sempre preciso
haver uma razão física para que a metafísica possa acontecer. E é certo se dizer que o inverso dessa
afirmação também acaba se fazendo presente, vide os casos dos Planetas
Transpessoais que já existiam na Mitologia e no inconsciente coletivo mas que
somente se apresentarem ao nosso consciente bem recentemente, após a invenção
do telescópio.
No caso de
Júpiter - inteiramente visível e bem visível em função de sua extrema luz
produzida por seu imenso corpo além daquela que reflete a luz do Sol sobre si
-, a ele foi doado o grande poder de ser o deus dos deuses exatamente pelo fato
de ser considerado um segundo sol dentro do nosso sistema solar!
E é por todas
essas razões, que vemos o arquétipo jupiteriano acontecendo através de sua ação
de justiceiro e benfeitor - a ele cabem as decisões de justiça para os deuses e
para os homens bem como as decisões de proteção dos deuses e dos homens. Sendo um ‘herdeiro’, digamos assim, do
Sublime Yang representado por nosso Sol, nosso doador de vida nesse sistema
solar em que vivemos, Júpiter nos inspira nosso Dharma fundamental, ou seja,
nossa identidade essencial e natural e intrínseca que é vivenciada desde sempre
e para sempre e através todas vivências sucessivas, nossas encarnações, através
nossa Alma (que traz em seu bojo nosso Sublime Yang, nosso Sol) encarnada no
corpo físico e perfazendo a representação de nosso Sublime Yin.
Quanto a
Saturno, também nesse Planeta podemos presenciar uma ‘herança’, digamos assim,
doada pelo Sublime Yang, nosso Sol, nosso doador de vida: é a grande
responsabilidade que temos que ter em relação às nossas vivências sucessivas,
às nossas encarnações propriamente ditas - fundamentalmente aqui, em nosso
Planeta Terra, nossa Mãe-Gaia, nosso lugar de materialização plena, de vida
dentro da natureza, assim como a conhecemos.
Por que digo
‘responsabilidade’? Porque, em primeiro
lugar, estamos falando de Alma eterna e constante porém sempre apresentando sua
duração e sua efemeridade, digamos assim, sempre que adentra um corpo físico,
uma encarnação, de forma a que a mente possa realizar sua evolução: a única
coisa que levamos de uma encarnação à outra, é nossa mente.
E, em segundo
lugar, essa responsabilidade reside no fato de que cada encarnação é um momento
ímpar dentro do processo da evolução da mente - processo este acionado pela
Alma que traz em seu bojo, o Espírito.
Quando
estudamos sobre Alma e Espírito, vimos que a Alma é plural e apresenta essa
pluralidade dentro de sua possibilidade de adentrar o corpo físico.
E vimos que o Espírito é singular e não exatamente pode ser contido por
um corpo físico, ele permanece sempre atrelado ao Tao da Criação e ao Mundo da
Não-Manifestação. Porém, existe uma
representatividade desse Espírito que desce à encarnação, que adentra o corpo
físico, que faz parte do Mundo da Manifestação: é a Alma. Dentro dos conceitos da Astrologia da Alma, o
Sublime Yang é representado por nosso Sol, nosso doador de vida, nosso Pai
Divino imajado por nossa estrela mais próxima; e o Sublime Yin é representado
por nossa Lua, aquela que perfaz o arquétipo de Mãe.
Voltando a
Saturno, sua responsabilidade repousa o fato de que é exatamente no Planeta
Terra que a vida dentro da natureza acontece, assim como a conhecemos, dentro
da plenitude da materialização. Porém
essa vida precisa aqui se desenvolver, se realizar dentro da mente em evolução
constante e que traz para si seu Trabalho e sua Iluminação - questões
fundamentais a acontecerem nessa Estação Terra.
É Saturno quem
nos traz essa compreensão de responsabilidade plena em relação à nossa
materialização e às nossas missões a serem cumpridas dentro dessa
materialização: é essa a responsabilidade sobre a qual estamos comentando!
Saturno nos
aponta para os limites existentes dentro da matéria, dentro de nossa evolução
no Planeta Terra: ao cumprirmos
realmente com nosso Trabalho e com nossa Iluminação, ao perfazermos esses
Caminhos, certamente esses limites poderão ser extrapolados!
E por que
Saturno nos aponta para os limites?
Porque Saturno é um Planeta que se situa em tal posicionamento dentro do
Sistema Solar que é o umbral de visão desde o Sol até ele e também é o umbral
de visão desarmada, a olho nú, desde si até Plutão! E, por estas razões, Saturno é chamado de
Senhor do Umbral.
Ao nos apontar
para nossos limites de forma que possamos alcançar nossa Luz dentro da
materialização plena de encarnação no Planeta Terra - possivelmente através
vivências sucessivas várias, - Saturno estará atuando não somente como Senhor
do Umbral mas também como Senhor do Karma.
Dentro do
processo de evolução da mente, a Alma vai vivenciando encarnações sucessivas e
estas acontecem através nosso Dharma ser por nós atuado dentro de nossa
essencial maneira de ser e tudo isso vai ativando nosso Livre-Arbítrio dentro
do comando de nossa mente em termos de nossas ações e de nossas reações - são
as questões voltadas para os conceitos de Karmas e Samskaras.
Para que
alcancemos realmente a completude de nossas missões de Trabalho e nos
coloquemos em nossos Caminhos da Iluminação e da Liberação (primeiramente, da
Iluminação, e posteriormente, da Liberação), é preciso que nosso Dharma alcance
uma pureza realmente sublime que acione nosso livre-arbítrio no sentido de não
mais praticarmos Karmas negativos e de irmos - através várias e várias
encarnações sucessivas - resgatando todos os Samskaras negativos de forma que
alcancemos uma encarnação sem Karmas negativos a serem resgatados e com o
livre-arbítrio inteiramente evoluído através a mente que simplesmente quer
vivenciar seu Dharma, sua essência mais essencial e finalmente, cumprir sua
grande missão de vida!
E aqui
novamente encontraremos uma outra denominação para Saturno: o Senhor do Tempo,
Cronos. O tempo anda para frente e não
para trás. Saturno está sempre nos
avisando sobre nossa responsabilidade a respeito de nossa encarnação e sobre
nossa necessidade de resgatarmos todos nossos Karmas negativos e não mais
realizarmos outros karmas negativos de forma a não mais criarmos Samskaras
negativos para que alcancemos a evolução plena da mente através nossa essência essencial, nosso Dharma, plenamente
consciente e vivenciado através nosso livre-arbítrio. E tudo isso tem que acontecer através nossas
vivências sucessivas, nossas encarnações várias. E isso é determinado pelo Tempo.
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Portanto, ao
falarmos sobre Júpiter e Saturno, dentro da Astrologia da Alma, estaremos
conscientes das questões acima comentadas e estaremos conscientes do fato de
que são questões a serem atuadas não apenas pessoalmente e sim
socialmente. Ou seja, ninguém vive
sozinho numa ilha. Pode até viver, mas
esta ilha estará rodeada de um oceano pleno de vida e de outras ilhas e de
continentes plenos de vida, de seres, de natureza, como um todo!
Nosso Dharma,
nossa essencial essência de nos
manifestarmos dentro de nossas vidas - essência esta que repousa em nossa Alma,
que é intrínseca à nossa Alma - sempre terá que ser vivenciada em nossa
singularidade, sim, porém essa singularidade de nosso Eu Sou sempre estará
tendo que conviver com nosso Outro, com nosso Nós Somos!
Nossos Karmas e
Samskaras são sempre acontecidos através nosso Eu Sou sendo acionado para
tanto, em nosso livre-arbítrio ordenado pela nossa mente, sim, porém esse Eu
Sou sempre estará tendo que conviver com nosso Outro, com nosso Nós Somos: as
ações e reações acontecem sempre de forma a entrelaçar nós mesmos, em nossa
singularidade, ao nosso Outro, em nossa pluralidade.
Por tudo isso,
Júpiter e Saturno fazem as vezes de arquétipos denominados de Planetas Sociais
- aqueles que trazem em si o conjunto de nossos Sublimes Yang e Yin e de nossas
ações singulares dentro dos chamados Planetas Pessoais, Vulcano, Mercúrio,
Vênus e Marte - e que atuam nosso Eu Sou dentro de nossa inter-relação
constante com nosso Outro, com nosso Nós Somos.
COM UM ABRAÇO ESTRELADO,
Janine Milward
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O Dharma, o Deus dos Deuses e dos Homens, Benfeitor e Justiceiro
O Senhor do Tempo, do Umbral e do Karma
Textos Teóricos e Textos de Aulas Práticas estruturadas em Mapas dos Alunos (com suas deveidas permissões).
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