O Universo e sua Forjaria de Estrelas e de Vida

A Criação
 O Universo e sua Forjaria de Estrelas e de Vida

Janine Milward

A Criação existe a partir de Deus, a Mente da Criação, que advém da Mente Cósmica – um Deus ainda mais poderoso e que faz parte do Umbral entre o Mundo da Manifestação e o Mundo da Não-Manifestação – tudo isso advindo da real única existência: a Suprema Consciência, Deus da Suprema Consciência, algo que está muito além da compreensão simples ou mesmo de qualquer linguagem de manifestação.

O Desejo da Criação – como uma projeção do pensamento da Mente Cósmica advinda da Suprema Consciência – é manifestado como uma semente, Biija, através de Prakrti – o Princípio Operativo, a Energia Cósmica formada através do Mundo da Não-Manifestação e objetivada através do Mundo da Manifestação. Esse Princípio Operativo realiza-se dentro de sua movimentação primordial, criando as Três Gunas, ou as três fases do Ciclo da Criação.  Aqui tem início o Brahmacakra – o ciclo de Brahma, o movimento da Criação, do sutil ao denso, da Consciência à matéria, e , o retorno do denso para o sutil, da matéria à consciência.

E tudo isso é inteiramente realizado através de Maya, aquela que traduz o Mundo da Não-Manifestação em Mundo da Manifestação - missão quase impossível!  Maya traz consigo a realização da Luz e da Não-Luz - de forma que a Vida possa vir a ser manifestada em sua chamada “força vital” ou Pranah ou Chi - o fole universal.  A realização da Luz pode também ser denominada de Sublime Yang; e a realização da Não-Luz, de Sublime Yin.

Dentro do universo que denominamos de Vida, aparentemente tudo teria começado – e esse começo seria a sintetização de um final  anterior... - a partir de energias Yang e Yin concentradas dentro de um pequeno ôvo, digamos assim.  Shakespeare denominou Universo dentro de uma casca de noz.  De tal forma essa energia se concentrou... que explodiu naquilo que chamamos de Big Bang... e todo nosso universo se formou a partir de então e foi se ampliando e de desenvolvendo, concentrando essa energia espraiada em estrelas compactas e imensas que explodiram ainda bastante jovens, deixando seus restos continuarem sua viagem e sua expansão desse mesmo universo em tempo e espaço, formando novas estrelas e novas vidas.  E certamente, sempre formando novos universos: o Pluriverso ou Multiverso.

Nosso Sol faz parte dessa sucessão de vidas estelares, já em seu terceiro ou quarto tempo, ou seja, faz parte dessa re-encarnação de estrelas – e nós também!  Toda a Criação assim como a conhecemos é Poeira de Estrelas. 

Sendo poeira de estrelas, temos em nosso corpo e conseqüentemente em nossa mente, guardados toda a herança deixada pelas estrelas nossas antecedentes, como uma árvore genealógica da galáxia, do universo em que vivemos. Assim, existe dentro de nós e em nós o passado, o presente e o futuro, tudo dentro de nossa vida, numa mesma simultaneidade do universo.

Em nosso Espírito e em nossa Alma – energias primordiais de manifestação da mente em Luz e Não-Luz, Yang e Yin -, trazemos nossa parte desse Deus da Criação, Deus da Mente Cósmica, Deus da Suprema Consciência – a Sagrada Trilogia, sendo sempre apenas um único Deus, sem dúvida alguma manifestado através de si enquanto Pai, Filho e Espírito que encarna e que traz a Criação e que faz a Criação poder acontecer.  Nós nos encaixamos dentro do Filho.  E por isso mesmo, vamos encarnando ao longo das re-encarnações das estrelas do universo, em Espírito e Alma, sempre, até que retornemos à Casa do Pai.

Ao longo da vida do universo em que vivemos – ou mesmo, quem sabe, de outros universos existentes na Criação como um todo -, nosso Espírito e nossa Alma – energias de manifestação da mente em Luz e Não-Luz, Yang e Yin -, vão amealhando sua expansão de mente, vida após vida, em vivências sucessivas – as chamadas re-encarnações.

Nosso Espírito, então, é parte desse todo de universos, desse Todo do nosso universo – nosso Espírito é tão antigo quanto nosso universo porque certamente nasceu junto com ele, semente que éramos nós e o resto do universo. E hoje, depois de cerca de quatorze bilhões de anos de vida de nosso universo – somos ainda tão jovens, ainda entrando na adolescência do universo.... – somos as mesmas sementes oriundas da explosão inicial da semente primordial que deu luz ao nosso universo.

Assim, nosso Espírito vem vindo de estrela em estrela, acoplando sua luz e não-luz à matéria – luz é matéria – e fusionando nesse Espírito uma mente que vai se ampliando e acumulando a memória do próprio universo – a Alma. Nosso Espírito é a Luz que dá Vida à matéria, mente, à encarnação, ao nosso corpo físico. A Alma é aquela que modela essa vida e a torna vivente.

Nosso Espírito é anterior ainda a esse nosso universo e a todos os possíveis universos.... porque é parte unitária da Unidade Absoluta do Tao da Criação. Nossa Alma é anterior ainda a esse nosso universo e a todos os possíveis universos... porque é a parte coletiva fusionada à Unidade Absoluta do Tao da Criação.

Nosso Espírito possui – anteriormente e posteriormente – a eternidade do tempo e espaço do universo em que vivemos mas nosso corpo físico possui a duração do tempo e do espaço do planeta aonde encarnamos, onde a matéria acolhe nosso Espírito que traduz a Vida essencial do Tao – e nossa Alma que traduz o Sopro Primordial da Criação, o Pranah, Chi, o fole universal, a força vital.... mesmo que o corpo físico seja produto da metamorfose estelar desde o início deste universo.... que por sua vez já é a metamorfose de um universo anterior... numa Eterna Mutação.

A Alma vai trazendo consigo o fusionamento entre o Espírito e a matéria, a cada tempo e espaço em que ambos se apresentam na Criação, seja na Luz ou seja na Não-Luz.  Dessa forma, a Alma é a própria memória que a mente carrega consigo desde antes desse universo em seu tempo de Não-Luz, durante a vida desse universo em seu tempo de Luz, e certamente depois desse universo, novamente em seu tempo de Não-Luz.


No entanto, diferente do Espírito que possui a infinitização do tempo, a Alma é certamente também infinita porém apresenta-se em sua finitude de espaço.  Ou seja, a cada materialização de Luz ou Não-Luz, a Alma assume o tempo e o espaço dessa materialização.  Dessa forma, podemos dizer que a Alma é a própria biblioteca do universo, realizando a mente em seu Ciclo de Brahma, do sutil ao denso, do denso ao sutil – ao longo de sua incontável e infinita possibilidade de manifestação dentro do Eterno Retorno do movimento do Caminho.

COM UM ABRAÇO ESTRELADO,
Janine Milward

SEU LIVRO DE VIDA
© 2008 
http://seulivrodevida.blogspot.com.br/
Janine  Milward
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Editora Estrela do Belém