Janine Milward
Em tudo existem Espírito e Alma, na
Criação. Espírito e Alma são expressões
máximas do Criador e que se multiplicam infinitamente ao longo da Criação,
através da Criação.
Ao longo da Criação, através da
Criação, vai se ampliando a Mente derivada desse Espírito e dessa Alma. A consciência dessa Mente é o Ego - que
conhecemos tão vividamente dentro da figura humana, não é mesmo?
Porém, esse Ego está enlaçado à
materialização dessa Alma que traz consigo esse Espírito: é o corpo
físico. Sendo assim, é preciso que haja
a verdadeira Yoga, a fusão entre alma e ego - em nossa vida, em nossa
encarnação, em nosso corpo. Essa
verdadeira e consciente fusão é que vai possibilitar a ampliação de nossa
mente. O ego estará a serviço dos
desejos da alma a serem vivenciados nessa encarnação - e não ao contrário!
Nossa alma carrega consigo, ao longo de
suas trilhões de encarnações evolutivas dentro desse nosso universo, nosso
espírito divino derivado do Tao da Criação, assim eu penso. Então, existem várias encarnações, em corpos
diferenciados, dentro da imensidão da encarnação que faz esse nosso universo
acontecer - assim como a gente o conhece.
E certamente, quando se forma a alma, é
que já existe uma intenção, um desejo claro de evolução acionando as materializações,
as encarnações...., até que se chegue alcançar a alma humana, trazendo consigo
a mente humana. Não podemos nos esquecer
que sempre essa alma estará trazendo consigo o Tao da Criação, sua luz divina,
seu espírito divino, o Uno. No entanto,
a alma acaba se multiplicando porque vai encarnando sempre, uma encarnação após
a outra em vivências sucessivas.
Assim, o mapa astral, que eu denomino
de Risco do Bordado, é nada mais do que uma expressão do desejo de encarnação
da alma e suas histórias acumuladas que ela deseja revivenciar e recontar nessa
encarnação de aqui e agora, ao mesmo tempo em que também deseja trazer para si
sua evolução, criando a partir da ampliação de sua consciência, novas histórias
a serem acumuladas de hoje, do presente para seu futuro - seja ainda nessa vida
ou seja já para vidas a virem adiante.
O corpo físico - juntamente com a alma
abrigando seu espírito eterno e a mente do Tao da Criação já em considerável
estado de conscientização - apresenta então o seu ego.
Podemos compreender, então, de forma
bem simplificada, que a alma é mais
transcendente e subjetiva, vivenciando as várias dimensões da vida sob o
Tao da Criação. E o ego é mais objetivo, mais voltado para as dimensões
mais aprisionantes da materialização em si, da encarnação do corpo físico em
si.
Quando chegamos a um momento de nossa
vida - ou de nossa evolução dentro de
nossa sucessão de vivências... -, quando realmente ampliamos nossa mente e
nossa consciência se ilumina bem mais, se expande iluminadamente e mais
infinitamente, conseguimos nos colocar num Caminho de bem fusionarmos nossa
alma com nosso ego. É um momento de
intensa proficiência em nossa vida, é o nosso grande diploma de aprendizado de
vida dentro da Terra, Estação de Trabalho e de Iluminação.
A
Encarnação propriamente dita no Planeta Terra
Janine Milward
Chega então, o momento sublime em que o
Caro Amigo das Estrelas sente que deve descer a este nosso planeta Terra...
Primeiramente, é preciso você entender, Caro Amigo das Estrelas, que você e eu,
o todo e o tudo, fazemos parte da história do universo sim, e não apenas isso,
contamos essa história.
Contamos esta história através das
luzes das estrelas, dos planetas e dos cometas e asteróides, quem sabe também
anjos, que cruzam o quadro negro do firmamento, do céu que nos rodeia.
A verdade é, Caro Amigo das Estrelas,
que o Criador conta a nossa história do universo como um todo e de cada um de
nós em particular através das luzes das estrelas contra o pano de Fundo do Céu,
como se fossem letrinhas que, juntadas, constróem suas histórias.
Esses são os arquétipos primordiais que
são percebidos e apreendidos e transformados em símbolos pela mente do homem e
são agregados aos seus inconscientes pessoais e coletivos e aos seus
conscientes pessoais e coletivos. Essa é a biblioteca cósmica, o compêndio da
vida que sempre pode ser acessado, principalmente através da pureza de nossos
corações e de nossa mente em estado de meditação e em sua entrada no Vazio.
Dessa forma, não necessariamente, a meu
ver, você ou eu precisamos passar por este planeta Terra mais de uma vez....,
entende? O universo é muito grande e possui várias e várias Estações adequadas
para a parada - momentânea - do nosso Trem da Vida.
A Terra - dentro da nossa Galáxia, a
Via Láctea - e dentro do nosso universo neste seu momento de vida (que ainda se
encontra em sua adolescência com muita vida para viver ainda!), é uma Estação
absolutamente privilegiada, pronta para receber as Almas, contendo seus
Espíritos ligados em seu cordão umbilical cósmico com o início e o fim do nosso
universo, em sua materialização.
A Terra é uma Estação de Trabalho e de
Iluminação.... e conseqüente Liberação, ou Imortalidade.
Na Terra, todos precisam se doar uns
aos outros e isso acontece através do Trabalho.
É importante que cada um trabalhe com aquilo que é mais próximo ao seu
dom natural e essencial e que certamente possa lhe bem estruturar sua vida
materializada.
A Terra é uma Estação de Trabalho
porque é aqui que podemos nos materializar em bom nível, não é mesmo assim que
você sente? E porque vivemos nesse planeta aonde o ouro é abundante (e é preciso
se compreender que o Ouro, dentro da alquimia do universo, é muitíssimo raro e
nobre) e esse ouro nos leva a termos que trabalhar para mantermos nossas vidas
animais e espirituais, para trocarmos nosso trabalho com todos os outros seres
aqui também materializados e, finalmente, para conseguirmos realizar nossa
Missão de Encarnação através do trabalho.
Ao bem realizarmos nossa missão de
encarnação através do trabalho, poderemos então, ingressar no nosso Caminho da
Iluminação. Luz é matéria.
A
Descida à Encarnação
Janine Milward
É você, Caro Amigo das Estrelas, quem
escolhe o momento adequado para sua descida na Terra, sempre estruturado pelo
Tao da Criação, o momento em que - a partir da latitude e longitude deste
Planeta onde você estará nascendo do pai e da mãe que também você escolherá
(serão eles que transmitirão a você todo o dna
de conhecimento deste sistema Solar e do nosso planeta)... porque este instante
cósmico escolhido por você expressa, num primeiro momento, aquilo que sua Alma
deseja vivenciar nesse aqui e agora de seu Trem da Vida, nesta Estação.
O Mapa Astral, então, se faz a partir
de seu nascimento, como uma fotografia do céu em nível de 360 graus, captando,
num primeiro momento, o Sol e a Lua (os arquétipos do Pai e da Mãe) e os nossos
irmãos Planetas (cada irmão tem uma forma própria de ser) e mais alguns outros
pontos matemáticos ou mesmo pontos de luz, todos contra o pano de fundo, em seu
aparente andar, das constelações ou signos do Zodíaco, o anel da vida.
Temos, como você mesmo pode ver, os
atores, os coadjuvantes e o cenário. O Texto é o próprio Mapa Astral que vamos
chamar de O Risco do Bordado. Esse Risco do Bordado é realizado por sua Alma -
que é a Diretora desta peça cósmica - inspirado naquilo que seu Espírito
primordial - o Autor -, atado ao cordão umbilical da Suprema Consciência do Tao
da Criação, lhe sopra no coração e na mente.
Dessa maneira, Caro Amigo das Estrelas,
você pode perceber que sempre, sempre, você é a primeira e última pessoa
responsável pelo seu Risco do Bordado, por sua vinda a esta Estação Terra - sem
nunca deixar de ser sempre estruturado pelo Tao da Criação, certamente.
Também este pensamento pode lhe deixar
sentir um pouco Solitário.... é assim mesmo. Somos todos Solitários dentro do
universo - que é absolutamente impessoal
- e, no entanto, somos todos partes adjuntas e conjuntas que formam o universo
- o que lhe incute alguma pessoalidade.
Srii Srii Anandamurti nos diz:
“Você nunca
está só ou desamparado.
A força que
guia as estrelas guia você também”
E mais ainda, é bem possível que esta
vida nossa do aqui e agora seja apenas uma entre tantas outras nossas vidas que
nos acontecem em universos paralelos... por que não? Existindo a simultaneidade
do passado, presente e futuro, também somos nós existentes dentro dessa
simultaneidade e nosso Espírito, certamente, sempre atado ao cordão umbilical
do nosso universo, pode se manifestar pluralmente.
O diferencial do planeta Terra, onde
privilegiadamente estamos encarnados, é que, sendo luz matéria, é aqui que
temos a possibilidade de bem realizarmos nossos Caminhos da Iluminação e da Liberação.
É uma oportunidade imperdível.... que,
infelizmente, a maioria perde.

A Entrada na Encarnação
Janine Milward
Outra questão que vemos envolvida num
bom trato com a Astrologia, é o fato de que não necessariamente – a meu ver,
opinião absolutamente pessoal minha – entramos na encarnação nascendo em ninho
familiar acolhendo os mesmos seres com quem vivenciamos determinada situações
de vidas passadas e que estas determinadas situações fazem parte de nossa
síntese de cumprimento de Karmas e de Dharmas constantes em nossas vivências
nessa vida.
Eu penso que não é uma questão pessoal
– entre seres que já conviveram literalmente entre si no passado – e sim uma
questão absolutamente impessoal em termos dos seres com quem estamos convivendo
nesta nossa vida atual.
O que acontece, a meu ver, é que neste
nosso momento de encarnação e no ninho familiar em que somos acolhidos, outros
seres também estão envolvidos e cumprindo seus próprios momentos de encarnação
e cumprindo seus próprios Karmas e Dharmas de encarnação.
Não são questões pessoais diante de
seres que pessoalmente já conviveram no passado, em outras vidas, e sim são
seres que vieram à encarnação com esta intenção e que estão atuando neste ninho
familiar para fazerem acontecerem suas vivências de Karmas e de Dharmas
pessoais, entende – mas não são situações pessoais, não são ajustes de contas,
digamos assim, e é importante que se defina essa questão como absolutamente
impessoal e eu tenho a maior certeza de que, quando já estivermos em outro
momento de vida, em outro ciclo de vida – ou mesmo em outra dimensão de Vida -,
estaremos compreendendo isso de maneira bem clara.
E, da mesma forma, vão acontecendo
nossas inserções em Karmas e em Dharmas sociais e financeiros e raciais, em
heranças, etc.
Quer dizer, a vida, a meu ver, é como
uma peça teatral que estamos vivenciando neste momento e cada um de nós é o
ator ou a atriz principal desta peça teatral e vivenciamos esta nossa vida
junto a outros atores e atrizes que também se julgam principais e todos vão
cumprindo seus Karmas e Dharmas idealizados por suas Almas ao tecerem seus
Riscos do Bordado ainda antes de suas entradas na encarnação.
E não existem situações pessoais de
‘ajustes de contas’, nem em termos agradáveis e nem em termos menos agradáveis:
são situações absolutamente impessoais e de caráter absolutamente pessoal para
cada um dos atores ou atrizes que fazem parte desta mesma peça teatral, apenas
isso.
Complementando e tentando explicar
mais claramente: nossos pais e irmãos e tios e avós e primos e etc. são seres
cumprindo seus papéis nesta atual encarnação, nessa peça teatral que é a nossa
vida. É oportuno, cabe, encaixa cada um
dos papéis sendo vivenciados por cada ente familiar – sem que, no entanto,
existam verdadeiramente laços familiares advindos de encarnações anteriores. Assim eu penso.
São cumprimentos de papéis, porém
denominamos tudo isso de família e de vivências de Karmas e de Dharmas
familiares, incluindo os Karmas financeiros e econômicos e sociais e
raciais e culturais, etc.
Não necessariamente estas Almas teriam
se encontrado em encarnações anteriores e não necessariamente estas Almas
estarão se encontrando em encarnações posteriores. São Almas alquimizadas nesta atual encarnação
para cada uma cumprir seu papel e os papéis de cada um fazem parte do conjunto
das situações a serem vivenciadas.
Em outra dimensão, essas Almas – que
encarnaram num mesmo ninho familiar, digamos assim -, podem até se reencontrar,
sim, por que não? No entanto, voltam a
ser simplesmente Almas coletivizadas e acolhidas por um mesmo Espírito, o Tao
da Criação, Deus, como quer possamos denominar o Uno, o Absoluto, a Suprema
Consciência.
Quer dizer, ao encarnarmos, pensamos
que somos separados uns dos outros...., porém, ao retornarmos à uma Dimensão
menos materializada, digamos assim, percebemos que Almas acontecem a partir de
seus Espíritos próprios e esses Espíritos próprios são apenas uma fagulha de
luz de um Sol..... ou seja, não existem fagulhas de luz de um Sol: existe
apenas um Sol e o resto é apenas ilusão.
O que eu penso é que, num primeiro
momento de nossas vidas, nossa história familiar nos parece ser alguma questão
absolutamente indestrutível em nossas vidas.
Quando as situações são agradáveis, temos prazer nestas questões que nos
parecem absolutamente indestrutíveis; porém, quando as situações não são
agradáveis, será que devemos continuar a termos prazer em considerar essas
questões como absolutamente indestrutíveis?
Onde está nossa consciência
absolutamente individualizada sobre nós mesmos – apesar de histórias ou
agradáveis ou desagradáveis que podemos ainda trazer em nossas memórias de
nossas histórias familiares do passado?
Histórias e Estórias
Histórias e Estórias desse passado
ainda permanecem em minha vida, em minha mente, em minha memória..., porém são
histórias e estórias que também fazem parte da vida de meus pais e de meus
irmãos..., e cada um possui uma forma própria de não quebrar esse ciclo, essas
histórias e estórias – porque são inquebrantáveis.
Objetos, fotografias, vozes,
lembranças....: será o passado mesmo ou tudo ainda permanece no presente e
ainda estará presente no futuro do passado que se tornou presente...
Porém, são histórias e estórias do
passado e o passado vai se distanciado mais e mais e mais e mais, tornando-se
apenas histórias e estórias...., e se eu as tiver que contar ou recontar,
estarei aumentando um ponto – porque quem conta e reconta uma história ou
estória, sempre aumenta um ponto.
Esse ‘aumento de ponto’ é a inclusão
de minha consciência não somente sobre estas mesmas histórias e estórias como
minha própria inserção nas mesmas através a minha própria consciência. Quer dizer, as histórias e as estórias
continuam existindo em seus ciclos inquebrantáveis, sim, porém sempre a partir
de minha própria consciência e da própria consciência de meus pais e de meus
irmãos...., e, dificilmente, encontrar-se-ão coincidências fantásticas nessas
histórias e nessas estórias.... porque pai e mãe e cada um dos irmãos fazem
permanecer os ciclos inquebrantáveis, sim, porém através de suas próprias
consciências.
Quer dizer, existe uma quebra nesses
ciclos inquebrantáveis, ou seja, não existem ciclos inquebrantáveis e tudo
apenas resta enquanto história ou estória... e quem quiser que conte outra.
Fotos, objetos, heranças, memórias...,
tantas histórias e tantas estórias existem, não é verdade? E nossa veneração aos antepassados e respeito
a aqueles que já representam o futuro dos ciclos formados pela família
original?
Tudo isso existe, sim, porém a grande
sacada, a meu ver, é compreendermos que somos tudo isso mas também somos muito
antes de tudo isso e somos muito depois de tudo isso – quer dizer, na
eternidade de nosso ciclo pessoal de nós mesmos, somos tudo aquilo que é nosso
passado, de encarnações em zilhões de encarnações anteriores e somos tudo
aquilo que é nosso presente nessa encarnação do aqui-e-agora e da qual temos
essa nossa consciência egoica...; e somos tudo aquilo que é nosso futuro, em
zilhões de encarnações posteriores.
Esse conceito da eternidade de nosso
ciclo pessoal próprio e o fio da meada que nos une hoje à essa eternidade do
passado e do presente e do futuro é aquilo que podemos chamar de Dharma. Dharma é aquilo que repousa no mais profundo
de nosso âmago, no âmago do âmago.
Dharma mora na Alma e a Alma mora no Espírito. E o Espírito mora no Tao, no Espírito do Tao.
Karma é ação e a ação acontece a
partir de nossa materialização, de nossa encarnação. Karma de ações agradáveis e Karma de ações
não tão agradáveis. Uma vez mais digo: o
Risco do Bordado é uma síntese realizada pela Alma em termos de como vivenciar
seu Dharma enquanto vai vivenciando essa síntese de Karmas a serem vivenciados,
resgatados e exauridos nesta encarnação.
E quanto mais pudermos evadir de histórias e estórias que nos agrilhoam
como se únicas verdades fossem nesta nossa encarnação atual, melhor – porque
estaremos nos proporcionando a oportunidade de trazermos à tona, do âmago de
nosso âmago mais profundo, nosso Dharma inteiramente conscientizado. E o melhor da vida é quando a gente consegue
aliar o Ego à compreensão real do Dharma, o Ego aliado à Alma. As histórias e as estórias ficam para trás e
dá-se lugar para a eternidade de nós mesmos.
COM UM ABRAÇO ESTRELADO,
Janine Milward
SEU LIVRO DE VIDA
© 2008
http://seulivrodevida.blogspot.com.br/
Janine Milward
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Editora Estrela do Belém